Correção de 4,5% valerá até o fim do mandato de Dilma Rousseff; ajuste não afeta a declaração do IR 2011.
As centrais sindicais queriam reajuste de 6,46% na tabela do Imposto de Renda para a pessoa física. Mas o governo bateu o martelo e anunciou uma correção de 4,5% - centro da meta da inflação - para os anos de 2011, 2012, 2013 e 2014. Segundo estudo realizado pela Ernst & Young Terco, a mudança não tira a defasagem entre a inflação registrada nos últimos 15 anos e o IR pago pelos contribuintes. A diferença bate hoje em 45,6%.
Isso significa que o salário do brasileiro aumenta, mas como foi apenas corrigido pela inflação, seu poder de compra permanece o mesmo. A mordida do Leão, entretanto, não cresce na mesma proporção. O mercado, por exemplo, já espera uma inflação de 6% para este ano. E o descompasso acaba fazendo com que o contribuinte arque com uma carga tributária mais pesada.
Ainda assim, a mudança fará com que a União arrecade menos dinheiro. Isso acontece porque o reajuste enquadra mais contribuintes como isentos. Para os que já pagam IR, sobe a parcela dedutível depois de calculado o montante devido à Receita Federal.
É importante destacar que a medida não muda nenhum cálculo ou gasto dedutível feito para a declaração de IR 2011, já que o formulário discrimina rendimentos do ano passado, quando ainda valia a tabela antiga.
Para a declaração de 2012, que tem como referência o exercício de 2011, já valerão as novas condições. Não por menos, o assalariado sentirá os reflexos da correção no bolso, recebendo, a partir de agora, um desconto menor no salário a título de Imposto de Renda.
Confira as novas tabelas mensais de IR para os próximos anos:
Base de Cálculo (R$) Alíquota Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.566,61 Isento -
De 1.566,62 até 2.347,85 7,5% 117,49
De 2.347,86 até 3.130,51 15% 293,58
De 3.130,52 até 3.911,63 22,5% 528,37
Acima de 3.911,63 27,5% 723,90
(Fonte: Exame.com)
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