Cidade de Blumenau, Brasil

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Apesar da pesada carga tributária, o retorno de serviços públicos é fraco


Mesmo com a alta carga tributária, de 35,13% do Produto Interno Bruto (PIB), e uma arrecadação de impostos que ultrapassa a marca de R$ 1,5 trilhão em 2011, o Brasil continua não aplicando de forma adequada os montantes arrecadados em serviços públicos prestados à população, para a melhoria da qualidade de vida. É o que revela o "Estudo sobre Carga Tributária/PIB X IDH", concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) no último dia 16 de janeiro. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil aparece na última posição entre os 30 países que registram maior carga tributária em todo o mundo. -

Para chegar a essa conclusão, o Instituto criou o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes), resultado da somatória da carga tributária segundo a tabela da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) de 2010 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com a previsão do índice final para o ano de 2011.

De acordo com os números da pesquisa, quanto maior é o valor do Irbes, melhor é o retorno da arrecadação dos tributos para a população.

A Austrália lidera o ranking, sendo o país que melhor retorna os recursos arrecadados para o bem-estar da população, seguida pelos EUA, que caíram para a segunda posição em relação ao ano passado, e pela Coreia do Sul. Já o Japão e Irlanda, que ocuparam, respectivamente, a 2 e 3ª posição na pesquisa anterior, caíram para 4º e 5º lugar no ranking de 2012.

"O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores à população em serviços como segurança, educação e saúde, fica atrás inclusive de países da América do Sul, como Uruguai, na 13ª posição, e Argentina, na 16ª colocação", relata o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, que coordenou o estudo.

Para o presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Luiz Fernando Nóbrega, ainda há um longo caminho a se percorrer. "Ainda é necessário mudar a cultura do brasileiro, a cultura da máquina governamental e a cultura de muitos contadores."

Para ele, a mudança é gradual e já começa a caminhar. "Os movimentos são fortes para que o governo perceba a necessidade de rever os gastos e de perceber que o excedente ainda é muito grande perante os tributos que pagamos no País", concluiu.
(Fonte:DCI.com/IBPT)

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